CORREDOR ECOLÓGICO
As margens ribeirinhas como corredores contínuos de vegetação seminatural, e as sebes, estruturas lineares de árvores, arbustos e herbáceas, são estruturas facilitadoras não só para o movimento de animais ao longo da paisagem, como para conectar diferentes habitats, criando assim, uma estrutura essencial à organização, proteção e equilíbrio, ecológico e visual, do território e da paisagem, desempenhando por isso um papel fundamental no aumento da biodiversidade. Estes elementos contribuem para uma maior solidez no funcionamento natural do ecossistema e manutenção da qualidade do ar, água e, podem melhorar a condição dos solos assim como dos cursos de água subterrâneos e superficiais, diminuir a ação
do vento sobre as culturas com efeitos positivos na perda de matéria orgânica, diminuição da evapotranspiração, aumento do número de polinizadores como de insetos auxiliares na luta biológica e ainda produzir bens de aprovisionamento (lenho). Estes espaços servem ainda de abrigo e refúgio, para diferentes espécies de aves e mamíferos e vão ao encontro de algumas orientações de gestão, preconizadas para a ZPE do Estuário do Tejo. A intervenção preconizada para a construção do corredor ecológico, situa-se na estrema norte da exploração, precisamente no limite da Reserva natural do Estuário do Tejo na margem do rio Sorraia. Este local, designado por valado, que como o nome indica, funciona como uma vala e tem como objetivo impedir o alagamento do rio e foi construída com material envolvente e reforçado com entulho de forma a dar uma estrutura sólida e permanente à infraestrutura.
Como se pode observar pelo vídeo e pelas fotografias, esta zona não tem qualquer espécie de porte arbustivo ou arbóreo, estando atualmente ocupado por vegetação herbácea espontânea. A ideia para este local, é contruir uma zona de corredor ecológico que no futuro, possa servir de abrigo para alguma da fauna existente, nomeadamente aves e morcegos. Outro dos objetivos fundamentais desta intervenção é "contagiar os vizinhos" para que as vantagens sejam sentidas nas explorações envolventes, acabando por ampliar a zona de corredor ecológico ao longo do rio Sorraia.
O corredor ecológico que se pretende desenvolver, irá privilegiar a prazo as funções de abrigo de aves e morcegos; contribuindo para aumentar a captura de CO2 através da utilização de vegetação perene e lenhosa; incrementar a população de insetos, que auxiliam a luta biológica e potenciam a polinização; diminuir a taxa de erosão do solo.